Tem afirmações que não se sustentam. O ministro da saúde Nelson Teich , em sua primeira entrevista coletiva, claramente adotando um alinhamento no discurso imposto por Bolsonaro e sua ala militar, disse que não há um "crescimento explosivo" de casos da COVID-19 no país, o que justificaria um relaxamento nas normas de confinamento.
Na segunda-feira, 20, foram registradas 113 mortes e 1927 novos casos de Covid-19 no Brasil. No dia seguinte, houve 166 mortes e 2.498 mortos. Estados como São Paulo, Amazonas, Pará, Ceará estão com dificuldade para atender os pacientes. Em Manaus o caos já está instalado. O número de mortos triplica a cada dia. Em outros estados, sobretudo na região nordeste os casos continuam aparecendo.
O presidente Bolsonaro disse que 70% da população será infectada. A possível subnotificação de casos e mortes devido à ausência de testes em massa no país pode comprometer a análise da curva de crescimento. Autoridades da saúde reiteradamente afirmam que o pior está por vir, nos meses de maio e junho.
Então, como assim relaxar o isolamento agora?
O governo parece mesmo trabalhar com a ideia de contágio em massa. "Se existe o conceito de que tem que ter 70% da população em contato com a doença para que ela seja imune, e a vacina vai levar talvez um ano, um ano e meio. Entre 2% e 70%, se você não tem um crescimento explosivo da doença, o que não está acontecendo no Brasil, a gente talvez nem chegue nesse número antes da vacina. Isso pode levar um ano, um ano e meio", disse o ministro.
Resumindo: Vamos liberar tudo e torcer para que o sistema de saúde aguente.
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