A denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro que o acusa de liderar uma tentativa de golpe de Estado é robusta e deve levar à abertura de um processo criminal contra ele em pouco tempo. A denúncia é sólida, bem consistente e gravíssima. Ela narra de forma bem didática com começo, meio e fim, com enredo, mocinhos e vilões, uma trama que teria sido iniciada em 2021 e teve como último ato a invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Mas tem um detalhe: A participação de Bolsonaro em planos de ruptura é baseada em declarações de testemunhas, mensagens de celular de militares e registros de reuniões no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada, ou seja carece de provas. O procurador-geral acusa Bolsonaro de concordar com o plano baseando-se numa mensagem de Mario Fernandes enviada quase um mês depois, em 8 de dezembro, a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Clique aqui para ler a denúncia.
De qualquer forma, o rito processual está em curso.
De acordo com juristas, esse julgamento, não deveria ocorrer no Supremo Tribunal Federal (STF), e sim na primeira instância do Poder Judiciário, já que Bolsonaro não ocupa mais cargo público com foro especial no STF.
Entregar a denúncia para análise do ministro Alexandre de Moraes é como entregar a lenha para por na fogueira. Seria mesmo até "salutar" para a credibilidade do STF que Moraes se declarasse impedido de assumir o caso. Com Alexandre de Moraes certamente Bolsonaro se tornará réu.
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