Há dez anos, vimos, incrédulos, imagens que não poderemos esquecer. Dois aviões comerciais foram projectados contra as torres do World Trade Center, semeando um pânico indescritível entre os nova-iorquinos. Um terceiro avião atingiu o Pentágono e o quarto falhou o alvo, graças à resistência heróica dos passageiros.

Nos atentados de 11 de Setembro de 2001 morreram cerca de três mil pessoas . Pelos seus efeitos devastadores, esses atentados foram justamente comparados a um ataque militar e mobilizaram os recursos de defesa norte-americanos.

Mas as consequências dos atentados foram muito mais profundas. A vigilância excessiva, a perseguição contra imigrantes em nome da segurança interna, empresas faliram, famílias viram seus sonhos de futuro e vida se espalharem na poeira, novas guerras surgiram, e a economia mundial é afetada pela crise financeira americana. As liberdades civis foram restringidas e os governos voltaram à paranóia da Guerra fria.

O mundo hoje esta de olho nos Estados Unidos. Levaram uma década para pôr as mãos no seu maior inimigo, Osama bin Laden, morto este ano em uma operação militar. O país, através da mídia estatal, culpou os enormes gastos militares americanos pela crise. Ou seja, a principal lição de casa foi esquecida depois do 11 de setembro, a supervalorização das guerras.

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Milan Tomic

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