Não admitir o fracasso do modelo e não fazer ajustes equivale ao
suicídio do país, isolado e mergulhado em dívidas. Um país que até bem
pouco tempo atrás era rico, com uma das maiores reservas de petróleo do
planeta, agora não tem como pagar os credores que se multiplicam por
todos os cantos. A inflação venezuelana já é a mais alta do mundo, e a
escassez afeta os setores mais importantes, de alimentação a
medicamentos. O venezuelano de hoje é um cidadão desesperançado,
desanimado, que perde longas horas do dia em filas intermináveis atrás
de bens inexistentes. Como um país petroleiro de 30 milhões de
habitantes, depois do mais extraordinário boom da história, com um
barril que chegou a ultrapassar 120 dólares por longos meses, pode
terminar em semelhante estado de bancarrota? Com Hugo Chávez no poder,
país se transformou em um mar de corrupção e se tornou o reino da
impunidade. Com Nicolás Maduro, de escassa ou duvidosa liderança, o país
acabou. Não existe conspiração internacional, como alegam os que
defendem uma ideologia fracassada. Isso só se explica pela existência de
um governo corrupto, ineficiente, dedicado ao culto da personalidade e
obcecado em ocultar o fracasso de um modelo que já não há como defender.
É preciso aprender com a lição venezuelana e mudar o caminho que o
Brasil em algum momento quis seguir.
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