A decretação da prisão preventiva de Eike Batista e de mais oito pessoas, algumas das quais já estavam presas — como o ex-governador Sérgio Cabral —, serve de advertência para os envolvidos na Operação Lava-Jato que eventualmente possam ter feito “delações seletivas”, em particular os donos da Odebrecht, Emílio e Marcelo, cujas delações estão sendo examinadas pelo Supremo Tribunal Federal. No acordo feito anteriormente, Eike omitiu que pagou US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) em propina a Cabral, por meio de um falso contrato, segundo dois operadores que fecharam acordo de delação premiada.O juiz carioca, Marcelo Bretas, considerou que o empresário mentiu ao prestar depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). O grupo de Cabral é suspeito de ocultar aproximadamente U$ 100 milhões, cerca de R$ 340 milhões, no exterior. Acontece que a tentação de ocultar parte do patrimônio e do dinheiro escondido em paraísos fiscais é muito grande. Mas também pode ser fatal. Aparentemente, é o que aconteceu com Eike.
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