Estávamos no fim da curva de descida e a atividade industrial já dava sinais de retomada. Mas a bomba que caiu sob Temer causou impacto nas mais otimistas previsões. Do ponto de vista econômico, a evolução de algumas variáveis será fundamental para o crescimento do País nos próximos meses. O impacto imediato é negativo. Num prazo mais longo, a confiança pode ser pior, ou não, a depender do cenário político.A segunda variável são as reformas, principalmente a reforma da Previdência. Antes do agravamento da crise, a perspectiva era de aprovação dessa reforma, ainda que com alguma flexibilização em relação ao texto atual. Com a crise, aumentou muito o risco de não aprovação da reforma da Previdência, embora a aprovação ainda seja possível.A terceira variável relevante é a trajetória das contas públicas. Até duas semanas atrás, o governo vinha trabalhando com um processo muito lento de ajuste das contas públicas, tendo por base a Emenda Constitucional do Teto dos Gastos (EC 95) e a reforma da Previdência. Após a crise, este cenário é bem menos claro.Considerando a questão polícia, já que prolongamento do mandato do presidente Michel Temer pode ser ainda mais nocivo pois terá que conceder muitas benesses políticas, é bem provável que teremos mais um ano, pelo menos, de baixo crescimento e aumento da carga tributária.
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O agravamento da crise política nas últimas semanas tornou o cenário econômico extremamente incerto
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