A semana que terminou ficou marcada pelo “puxão de orelhas” da primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, sobre o descontrole brasileiro ao desmatamento na Amazônia. A gente se sentiu até envergonhado. Envergonhado pelo fato em si, e também pelas gafes de nosso presidente. Onde estávamos com a cabeça quando negligenciamos um projeto -financiado pelos noruegueses- para proteger a Amazônia e os povos da floresta? Foram quase R$ 3 bilhões doados por eles a um fundo criado por nós em 2008, gerenciado pelo BNDES, para apoiar projetos de combate ao desmatamento e de desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. Pelas regras do fundo -criadas pelo próprio governo brasileiro-, vínhamos recebendo aproximadamente R$ 400 milhões por ano (valor próximo do orçamento do Ministério do Meio Ambiente previsto para este ano) até que as taxas de desmatamento voltaram a subir. O Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, para amenizar, garantiu que até o final do ano, as taxas de desmatamento vão diminuir. Não sei como, porque uma vez cortada, uma árvore jamais voltará a figurar nas estatísticas de preservação.
De outro lado, quem é Erna Solberg para vir querer pregar moral. Se meter em assuntos internos do Brasil. Tentou dar lições ambientais ao Brasil, mesmo governando um país que estimula a caça às baleias e polui o ambiente explorando petróleo, fonte de energia não-renovável (e suja). Este ano, o governo de Erna Solberg autorizou a morte de 999 baleias. Segundo documentário exibido em março, 90% são fêmeas e grávidas. As “chuvas ácidas”, provocadas pela poluição europeia, mataram todos os peixes existentes em mais de 2 mil lagos noruegueses. Hipocrisia!
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