O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse no início da noite desta segunda-feira que o acordo de colaboração premiada firmado pelo Ministério Público Federal com a JBS pode ser anulado caso sejam comprovadas irregularidades por parte dos executivos do grupo empresarial. No entanto as provas obtidas por meio da delação premiada não serão invalidadas. Conforme a lei que disciplina a colaboração premiada, se a culpa do colaborador ensejar a rescisão do acordo, ele perde todos ou alguns benefícios. “E o Estado aproveita todas as provas apresentadas pelos colaboradores”, disse.
Em um pronunciamento na sede da Procuradoria Geral da República (PGR), o chefe do Ministério Público informou a jornalistas que investigadores obtiveram na última quinta-feira (31) áudios com conteúdo que ele classificou de "gravíssimo". Os áudios gravados entre delatores oferecem suspeitas de ilegalidades cometidas pelo o ex-procurador Marcelo Miller, que atuou diretamente no gabinete da Procuradoria-Geral da República, antes de pedir demissão e passar a atuar em um escritório de advocacia que prestou serviços para o grupo empresarial. As citações também podem implicar funcionários que ainda trabalham para a PGR e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo Janot. Janot disse que vai processar seu ex-adjunto, Marcelo Miler.
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