Fundador do PT e ex-homem forte dos governos Lula e Dilma, o ex-ministro Antonio Palocci pediu desligamento do partido e, em carta de quatro páginas, faz uma autópsia moral do PT e do ex-presidente Lula. Palocci diz que viu Lula se dissociar do “menino retirante” e “sucumbir ao pior da política”, conta detalhes sobre o suposto pedido de propina à Odebrecht no Palácio da Alvorada, compara o PT a uma “seita” submetida à “autoproclamação do ‘homem mais honesto do País’”, sugere que o ex-presidente tenta transferir a responsabilidade por ilegalidades à ex-primeira- dama Marisa Letícia, morta em janeiro, diz que Dilma destruiu programas sociais e a economia e afirma que o PT precisa fazer acordo de leniência se quiser se reconstruir. A carta de Palocci demonstra o tamanho do estrago que uma delação causará ao PT e seus caciques. Quem a escreveu não foi um petista qualquer. Palocci era da primeira linhagem, não era do segundo escalão, foi fundador do PT e gozou nos governo de Lula e Dilma do mais alto e influente poder. Foi, como confessou, o responsável por arrecadar o dinheiro sujo. Quem, depois de tal confissão, poderá insistir na inocência de Lula ou de qualquer outro de seus companheiros?
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