Polêmica com Bispo bentogonçalvense no Mato Grosso do Sul

Foto: A. Frota/Diário MS
O bispo da diocese de Dourados, dom Redovino Rizzardo, de 76 anos, que é bentogonçalvense se vê envolvido em polêmica com a deputada estadual do Mato Grosso, do Sul, Mara Caseiro (PTdoB), que o acusou de ser conivente com uma frase dita em reunião realizada numa dependência da igreja em Dourados, de que a carne e a soja produzidas naquele estado são manchadas com sangue de crianças índias.

Em entrevista aos jornais da cidade o religioso diz que não participou da reunião, realizada no Ipad (Instituto Pastoral da Diocese de Dourados), e apenas foi ao local para saudar os participantes, pois estava sem voz, já que tinha acabado de fazer tratamento de quimioterapia. “Eu soube depois que algumas pessoas pronunciaram essas expressões, mas inicialmente a deputada atribuiu essa frase a mim sendo que eu nem podia falar naquele dia. Depois disse que eu fui conivente. Mas eu nem estava presente quando foi dito [a frase citada por Mara Caseiro]. Não estava mais, vim a saber depois, fiquei apenas um minuto no local”, afirmou Rizzardo.

O bispo considerou a reunião, que teve a presença de religiosos e outros defensores da causa indígena, “inoportuna”, por ocorrer em um momento de tensão. “É como colocar gasolina no fogo. Eu não sou defensor do radicalismo e essa expressão que foi dita lá é muito radical. Duvido que alguém prove que eu estava lá quando pronunciaram essa expressão. Eu não diria isso, como ficaria com os agricultores?”.

Dom Redovino criticou também uma CPI instalada pela Assembleia Legislativa por iniciativa da Deputada para apurar a suposta participação do conselho nas ocupações de terra. “À primeira vista podemos dizer que a CPI é fruto de preconceito de uma sociedade que não quer deixar o índio sobreviver, mas na prática é bom que haja a CPI, porque através dela vamos saber o que existe de verdade nisso tudo. E para mim não vão encontrar nada”.


Para o bispo douradense, que ainda neste mês deve deixar a diocese, se aposentar, e retornar a Bento Gonçalves, tudo vai acabar em pizza. Ele voltou a defender mais diálogo e o pagamento de indenização pelas terras consideradas tradicionais indígenas. “É preciso indenizar a terra e as benfeitorias. Não se pode, para recuperar uma injustiça feita, fazer outra injustiça. Conversei com o Lula [ex-presidente da República] em 2009 e ele disse que dinheiro não faltava para as indenizações, mas faltou, não é mesmo?”.
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Milan Tomic

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