O último reduto de Dilma Rousseff (PT) para tentar se manter no mandato é o Senado Federal. Encerrada a votação na Câmara, tudo o que separa a presidente de seu afastamento é uma votação que provavelmente ocorrerá no dia 11 de maio – dependendo da vontade do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).Para que a presidente saia temporariamente do mandato e seja processada, bastam 41 votos contra ela e a favor do impeachment. As negociações no Senado também deverão ser duras, como ocorreu na Câmara dos Deputados. As contas no Senado são diferentes não apenas porque a primeira votação é por maioria simples, mas também porque a distribuição geográfica dos eleitores é diferente: cada estado, independentemente do tamanho, tem três senadores. Caso se confirme o afastamento, Dilma terá uma segunda votação que é considerada mais difícil por um lado, mas mais fácil por outro. Difícil porque ela estará fora do cargo – embora isso não impossibilite que continue articulando, prometendo cargos para caso volte ao exercício. Por outro lado, a segunda votação exige apenas 28 votos a favor da presidente. Atualmente, segundo os placares, 21 senadores se dizem contra o impeachment – seria necessário conquistar mais sete. A contagem é que hoje 16 senadores ainda não se posicionaram, o que significa que o governo precisaria conquistar pouco menos da metade desses eleitores.
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