A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta segunda-feira (25), uma série de recibos que comprovariam os pagamentos de aluguéis do apartamento vizinho ao que o petista mora, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Os documentos datam de agosto de 2011 a dezembro de 2015. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o imóvel faz parte de um suposto pagamento de propina da Odebrecht ao político. A denúncia afirma que Glaucos da Costamarques, parente do pecuarista José Carlos Bumlai, comprou o imóvel com dinheiro da Odebrecht. O objetivo seria entregar o apartamento a Lula, que alugava o imóvel desde que assumiu a Presidência da República, para abrigar os seguranças que fazem a escolta pessoal dele. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Glaucos da Costamarques disse que não recebeu, mas declarou a receita federal os valores.
Já o empresário Marcelo Odebrecht entregou, ontem também, à Polícia Federal documentos para comprovar que uma doação oficial de R$ 4 milhões ao Instituto Lula saiu do Setor de Operações Estruturadas, nome do departamento de propinas da empreiteira. E-mails enviados por Odebrecht a executivos do setor informam que os repasses seriam feitos por via legal, mas que seriam debitados dos R$ 15 milhões do “Amigo”, suposto codinome do ex-presidente Lula, da planilha do “Italiano”, que era a “conta corrente” gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci. “Italiano disse que o Japonês (Paulo Okamotto, presidente do instituto) vai lhe procurar para um apoio formal ao inst de 4m”, diz ele em um dos e-mails. O empreiteiro entregou quatro recibos de R$ 1 milhão cada, referentes à doação. A defesa de Lula diz que as doações foram legais.
Com isso Lula joga para a Sérgio Moro a dúvida sobre a veracidade das acusações.
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