A média de resveratrol dos seis vinhos brasileiros da serra gaúcha analisados foi de 3,51 mg/L, ante 0,95 mg/L dos rótulos importados. Ou seja, na média, os seis vinhos da serra gaúcha – da Casa Perini – têm 3,5 vezes mais resveratrol do que os 12 rótulos importados mais vendidos no Brasil. O melhor resultado entre 18 vinhos analisados foi obtido pelo Fração Única Cabernet Sauvignon safra 2015, que teve 4,57 mg/L de resveratrol – mais do que o dobro do melhor resultado de um vinho importado, o argentino Etchart Malbec 2017, que registrou 2,15 mg/L de resveratrol.
O resveratrol é um polifenol presente na semente e sobretudo na casca das uvas tintas, por isso está presente nos vinhos. Sua principal função é antioxidante, que combate os radicais livres, mas também traz benefícios ao coração, protege conta a diabetes e doenças cancerígenas, entre outros benefícios à saúde.
A Dra. Caroline Dani, coordenadora do Mestrado Acadêmico em Biociências e Reabilitação do Centro Universitário Metodista (IPA) avaliou análise feita pelo Lavin e confirma: “Na análise estatística não aparecem diferenças entre as variedades de uvas. O que importa para a maior concentração de resveratrol é a região mesmo”. Especialistas em pesquisas sobre os benefícios da uva e seus derivados para a saúde, Caroline Dani diz que a razão é o “estresse da videira”. “Os fatores que levam a formação deste metabólito secundário são estresse no crescimento das videiras na serra gaúcha”, afirma.
O diretor da Casa Perini, Franco Perini, diz que a comparação não surpreende, apenas confirma cientificamente uma tese amplamente defendida pela literatura vitivinífera. ( Com conteúdo do CP).
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