
Autoridades de saúde tem reiteradamente afirmado que o piores meses de circulação do vírus ainda esta por vir. Será em junho e julho, muito agravado ainda, pelo rigoroso inverno da região sul.
Um estudo publicado na semana passada por pesquisadores da Universidade Harvard (EUA), por exemplo, estimou que medidas intermitentes de isolamento social podem ser necessárias até 2022, como forma de frear novas ondas epidêmicas.
A infectologista Lessandra Michelin, diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, observa que as atuais estratégias de distanciamento não têm o poder de erradicar o vírus. O que elas conseguem é reduzir a circulação dele. Mas não é só ela que diz isso. Vários médicos e autoridades da saúde também já alertaram para o fato de que é preciso ainda muito enfrentamento. No Brasil, a covid-19 chegou há apenas 40 dias, e ainda há um longo caminho pela frente, especialmente espinhoso por causa do inverno que se avizinha.
Segundo Odir Dellagostin, professor do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a perspectiva de convivência prolongada com o coronavírus decorre das características do vírus. Quando a taxa de letalidade é alta, como no caso do vírus ebola, os infectados tendem a morrer rapidamente, sem infectar outras pessoas. O surto se extingue por si só. No caso do coronavírus, a taxa de letalidade é baixa, e os infectados podem permanecer dias sem sintomas, transmitindo a doença para outras vítimas, que também viram agentes contaminadores, e assim por diante.
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