
No depoimento, Messer diz ter começado a fazer negócios com os Marinho por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York. De acordo com o delator, os repasses teriam começado no início dos anos 90, quando Messer tocava sua operação de dólar a partir do Rio de Janeiro. Segundo a versão de Messer, os valores em espécie entregues no Brasil seriam compensados pelos Marinho no exterior, por intermédio da conta administrada por Barizon. Os Marinho depositariam para Messer (no exterior também) o valor entregue em dinheiro vivo no Brasil.
De acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. Messer não apresenta provas dessas entregas de dólares e cita em depoimento que nunca teve contato direto com os Marinho, segundo autoridades que leram a delação, em Brasília. Apesar disso, o doleiro sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo).
Mas atenção: Há uma confusão cronológica da revista, ao ressaltar o cargo de Roberto Irineu (presidente do Conselho de Administração) e João Roberto Marinho (vice-presidente do grupo). As operações de Messer são dos anos 90, período em que nenhum dos irmãos ocupava cargo de direção e nem se davam bem com o próprio pai. Na época, Roberto Marinho colocou Miguel Pires Gonçalves no comando do grupo.
Com a cotação do dólar a R$ 5,42, os donos da Rede Globo teriam recebido R$ 1,8 bilhão.
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