A principal revista científica do mundo The Lancet, acaba de publicar os dados tão esperados dos testes da primeira vacina russa contra a Covid-19, enquanto especialistas sublinham a importância de tal publicação. Ela não só é eficaz, mas sua aplicação segura.
A Rússia anunciou que o primeiro lote de sua vacina a “Sputnik V”, está previsto para o começo já neste mês de setembro. De acordo com um cronograma publicado no site Clinical Trials, os testes de fase 3 da vacina (os últimos) começarão nesta semana, com 40 mil voluntários.
Uma vacinação em massa começará no país em outubro deste ano, um mês depois de a produção industrial da proteção, segundo uma autoridade russa.
O mês de setembro deve ser decisivo para as vacinas contra a covid-19. O andamento das pesquisas está acelerado. Das mais de 100 vacinas em desenvolvimento, nove estão na fase 3 de testes, quando a vacina é estudada num ensaio com dezenas de milhares de pessoas no mundo. É a última etapa necessária para que uma vacina seja considerada segura para o uso na população.
Os primeiros resultados dos testes são esperados já para outubro, de acordo com as empresas e laboratórios envolvidos nas pesquisas. Entre elas estão a vacina desenvolvida pelo laboratório americano Pfizer em conjunto com a empresa alemã BioNTech, e a vacina da Universidade de Oxford, do Reino Unido, junto da farmacêutica AstraZeneca
No Brasil, há dois testes finais em andamento. Um deles é com a vacina chinesa Sinovac, que já vem sendo aplicada desde julho em grupos controlados em seu país de origem. Por aqui, os testes da fase 3 continuam com 2 mil voluntários em parceria com o Instituto Butantan. Outros 9 mil voluntários serão incluídos nos resultados ao longo de setembro.
Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan em entrevista à GloboNews, a eficácia deve ser conhecida até o fim do ano e a ideia é começar a vacinar a população no início de 2021. O governador de São Paulo, João Doria, afirmou semana passada que a vacina pode estar no SUS em dezembro.
Outra vacina em fase avançada de testes no Brasil, a de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, também deve ter em setembro um mês decisivo para os testes. O planejamento do governo federal é que 30 milhões de doses cheguem ainda este ano. Isso, claro, se tudo certo ao longo de setembro.
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