O julgamento final de Dilma e o pós

O Senado começa nesta quinta (25) o julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Será uma maratona de, pelo menos, sete dias para finalizar o processo de impeachment. A sessão terá início às 9h, com a apresentação de questões de ordem. Depois, serão ouvidas duas testemunhas da acusação - Júlio Marcelo de Oliveira (procurador do Ministério Público junto ao TCU) e Antonio Carlos Carvalho (auditor federal de controle externo do TCU). Na sexta (26), haverá a oitiva de seis testemunhas de defesa: Luiz Gonzaga Belluzzo (doutor em economia pela Unicamp), Geraldo Luiz Mascarenhas Prado (consultor jurídico), Nelson Barbosa (ex-ministro do Planejamento e da Fazenda), Esther Dweck (ex-secretária de Orçamento Federal), Luiz Cláudio Costa (ex-secretário executivo do Ministério da Educação) e Ricardo Lodi (advogado e doutor em Direito Tributário).A petista será ouvida pelos parlamentares na segunda-feira (29) e responderá a questionamentos. A previsão dos senadores é de que a votação final aconteça apenas na quarta-feira (31). Os parlamentares também deverão trabalhar em parte do final de semana. O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, vai comandar os trabalhos. Restam poucas dúvidas de que Dilma irá se salvar. A petista já não reúne há muito tempo condições de governar. Não só pela prática do crime em si, mas também por ter conduzido de forma desastrosa as finanças públicas, descumprido promessas de campanha e por ter sido incapaz de implantar o programa para o qual foi eleita.Até o momento 51 senadores declararam-se favoráveis ao impeachment (número muito próximo do quórum mínimo necessário de 54 votos para o afastamento definitivo da presidente), 19 contra, e outros 11 não se manifestaram. O governo interino, assim como a grande maioria da sociedade brasileira, já dá como favas contadas o impeachment de Dilma, O problema é o que vem depois disso. O problema é que até o momento a sociedade não conhece de forma segura, e clara, a agenda de prioridades de Michel Temer. Algumas medidas fundamentais já vêm sendo apresentadas, como a proposta de criação de um teto para os gastos públicos, e anunciadas, como a reforma da Previdência, o que sinaliza claramente a preocupação com o equilíbrio das contas públicas no longo prazo. Estímulos para investimento em infraestrutura e um plano de privatizações são propostas que também têm sido discutidas, embora precisem de um detalhamento maior.Para transpor tais obstáculos, Temer deverá tentar criar verdadeiras alianças em busca do interesse público, ao contrário do que fizeram seus antecessores petitas, que conquistavam os votos dos parlamentares por meio da política fisiológica do toma-lá-dá-cá. Para isso, o presidente terá de ter a coragem e a habilidade de saber negociar com aqueles que ali estão apenas em prol de interesses pessoais e mostrar a todos, políticos e sociedade, que somente a aprovação das medidas que propõe poderá levar ao saneamento das contas do governo no longo prazo e à retomada do investimento em infraestrutura no país.
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Milan Tomic

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