O novo corte no Orçamento de 2017, anunciado ontem pelo governo, atingiu em cheio os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A União teme que deixem de entrar no caixa até o fim do ano R$ 40,5 bilhões previstos no Orçamento, mas que dependem de projetos de difícil negociação no Congresso ou de leilões de privatização incertos.
Com o novo contingenciamento, os valores destinados a essas despesas vão cair de R$ 36,1 bilhões previstos para R$ 19,7 bilhões. A redução total, no ano, chega a 45,4%. Em março, o PAC já havia perdido R$ 8,8 bilhões. Ontem, foram retirados mais R$ 7,5 bilhões do programa. Desse total, R$ 5,23 bilhões foram de fato cortados e R$ 2,25 bilhões serão remanejados para áreas que estão sem verbas e são consideradas essenciais. O estrangulamento no programa, vitrine das gestões anteriores, foi necessário para a equipe econômica chegar ao corte adicional de R$ 5,951 bilhões no Orçamento da União: além dos R$ 5,23 bilhões que saíram do PAC, outros R$ 640 milhões foram bloqueados de emendas parlamentares.
Por outro lado, o governo começou a discutir mais opções para elevar a arrecadação. Entre elas estão aumento de 11% para 14% da contribuição previdenciária dos servidores, aumentos de impostos, ampliação do corte de gastos e revisão da meta fiscal.
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