A greve dos caminhoneiros, a incerteza eleitoral e as turbulências externas – que contribuíram para a disparada do dólar – derrubaram as projeções de crescimento do PIB para o ano e estão fazendo com que empresários do setor industrial suspendam investimentos. A taxa de ociosidade é de 25% a 30% nas fábricas. Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que, em março, a expectativa, com base na consulta a 442 empresas, era de que seria investido 1,2% mais do que em 2017. Agora, a estimativa é de queda de 0,4%. O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria do segundo trimestre – apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV com cerca de 700 empresas em abril e maio – caiu 7,6 pontos ante o primeiro trimestre. O resultado é quase igual ao do fim de 2017 e está abaixo da média registrada antes da recessão de 2014. O ano acabou, tem eleições pela frente e depois sobrará poucos meses para tentar uma recuperação.
Foi apresentado nesta sexta-feira(14) para um pequeno grupo de autoridades, empresários e corretores de imóveis em Arroio do Sal, o projeto de construção do novo porto marítimo do litoral norte do RS. Um grupo de investidores russos, do Grupo Doha Investimentos e Participações SA, vai construir o porto, em Arroio Seco/Arroio do Sal. Cerca de 25 mil empregos diretos e indiretos deverão ser gerados a partir da operação do porto. Os empreendedores russos têm 1 bilhão de dólares, para investir. O dinheiro já está garantido. A ideia é aproximar o comércio brasileiro da União económica euro-asiática. Um mercado comum que abrange 170 milhões de pessoas e significa um PIB da ordem dos US$ 2,2 trilhões de euros. Atualmente, a organização é composta pela Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia. O empreendimento vai modificar sobremaneira a realidade dos municípios do litoral norte, sem contar a valorização imobiliária prevista no entorno.