Inicia amanhã (31) o período de campanha de rádio e TV. Os materiais dos candidatos já estão finalizados, praticamente prontos e aprovados, salvo alguma decisão de mudança de última hora. Alckmin que terá o maior tempo de TV e rádio usará a estratégia de ir para cima de Bolsonaro e buscar desconstituir a imagem daquele que lidera as pesquisas de intenção de voto. No jingle de Alckmin há menção a Bolsonaro e a Lula.
A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) se inspirou em uma premiada campanha inglesa pró-desarmamento para estrear seu arsenal contra Jair Bolsonaro (PSL) na TV. Batizado de “A bala”, o filme do tucano não faz menção ao rival, mas ataca uma das ideias que movem o eleitor dele. Ao som de música clássica, o projétil de uma arma atinge objetos que simbolizam fome, desemprego e saúde. No último quadro, ele encontra a cabeça de uma criança. “Não é na bala que se resolve”, diz a legenda.
O filme estrangeiro que inspirou a equipe de publicidade do tucano foi o “Kill the guns”, ou “Mate as armas”, em tradução livre. No fim da peça inglesa, a mensagem que aparece é: “Pare as balas. Mate as armas”.
A mensagem final foi alterada para dar ênfase a frase que Alckmin já vem repetindo à imprensa, de que os problemas do país não serão resolvidos à bala. A equipe de comunicação do PSDB submeteu a peça a diversas pesquisas qualitativas. O filme provoca reações fortes e é rapidamente vinculado a Bolsonaro.
As enquetes influenciaram, por exemplo, a decisão de colocar uma menina e não um menino no fim da propaganda. Nesse formato houve mais apelo entre as mulheres –público em que a rejeição de Bolsonaro é alta. O comercial será o abre-alas tucano no horário.
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