A medida é uma resposta às promessas do presidente eleito Jair Bolsonaro de abrir a “caixa preta” do BNDES, para descobrir possíveis irregularidades e preferências nas operações de crédito do banco durante os governos do PT. Em postagem no Twitter em 8 de novembro, Bolsonaro assumiu o compromisso de "abrir a caixa-preta do BNDES" logo no início do governo.
A lista do BNDES deve frustrar os que procuram identificar em seu topo nomes de grupos privados envolvidos nos escândalos e negociatas com os governos passados. A maior tomadora de recursos é a estatal Petrobras, com R$ 62,4 bilhões, seguida de Embraer, com R$ 49,4 bilhões. Norte Energia vem terceiro lugar, com R$ 25,4 bilhões, Vale tem R$ 22,5 bilhões e, finalmente, um nome polêmico, Odebrecht, com R$ 18,1 bilhões. O Estado de São Paulo tem dívida de R$ 14,5 bilhões, a Transportadora Associada de Gás (TAG), hoje da Petrobras, R$ 13,3 bilhões e as operadoras TIM e Telefônica aparecem com R$ 12,1 bilhões e R$ 10,3 bilhões, respectivamente.
Há casos interessantes, como a multinacional italiana Fiat, fabricante de bens de consumo, décima maior devedora, que pegou R$ 10 bilhões do BNDES. Outras montadoras, como a Renault, também receberam recursos sob a lógica de que o banco deve incentivar a indústria local. Há também o caso da Oi Móvel, em recuperação judicial, com R$ 9,8 bilhões, que se somam a outros R$ 4 bilhões da Oi S/A. JBS é a vigésima, com R$ 7,7 bilhões do banco.
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