A Justiça Federal de Pernambuco determinou a soltura do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (19/2), em Brasília, pela Polícia Federal. Ao final do depoimento de Robson, a delegada do caso solicitou a revogação da prisão temporária. Ele deixou a Superintendência da Polícia Federal por volta das 19 horas da noite.
Além de Robson, também foi detido na capital federal Ricardo Essinger, presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). As investigações da Operação Fantoche apontam que foram criadas empresas de fachada para receber os recursos oriundos dos cofres públicos. Repasses ilegais podem chegar a R$ 400 milhões.
Entre as empresas envolvidas nas fraudes, de acordo com o Ministério Público, está o Sesi. O esquema teria começado em 2002, sendo colocado em prática após a criação de um grupo de empresas geridos pela mesma família. De acordo com as investigações, parte dos recursos eram repassados para projetos culturais e de publicidade. No entanto, a maior parcela do dinheiro era enviado para as empresas criadas para operacionalizar os desvios. Posteriormente, os valores eram divididos para os integrantes do grupo criminoso. A Aliança Comunicação é apontada como maior receptora dos recursos ilegais.
Informações levantadas pela reportagem apontaram que havia uma reunião da diretoria da CNI no Distrito Federal, no dia da operação. O colegiado é composto sobretudo por presidentes de federações estaduais de indústria. Por conta disso, o presidente da entidade e o chefe da Fiepe, estavam na capital. Ricardo Essinger foi preso no Aeroporto Juscelino Kubitschek, após desembarcar de um voo que partiu de Recife.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep-PB), Francisco de Assis Benevides Gadelha, conhecido como Buega Gadelha, se apresentou à PF, também no Distrito Federal.
Em nota, a CNI informou que teve conhecimento de que o presidente da entidade foi à PF “prestar esclarecimentos” e disse estar à disposição das autoridades. “A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades", completa o comunicado.
A Fiepe afirmou que “todos os processos atendem, criteriosamente, às exigências licitatórias previstas em lei” e que “a equipe técnica da entidade está à disposição para contribuir com a documentação que for solicitada pelos responsáveis pela investigação." Antes de se entregar, Francisco Gadelha disse que “o Sistema Indústria da Paraíba está tranquilo e sem qualquer receio."
A Aliança Comunicação alegou que seus conteúdos “chegaram a mais de 10 milhões de pessoas” e disse que entrega produtos culturais de qualidade. ‘Reforçamos, ainda, que todos os nossos projetos passam por auditorias internas e externas, sem qualquer tipo de restrições quanto a qualidade e a entrega de todos os itens contratados”, informou a empresa. ( Correio Brasiliense)
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Justiça determina soltura do presidente da CNI preso em investigação sobre corrupção em contratos do Sistema S
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