Movimentos de direitistas também entendem assim, tanto que convocaram para este domingo diversas manifestações públicas em várias cidades brasileiras.
O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba, chegou a publicar mensagem em rede social para dizer que começa a se “fechar a janela de combate à corrupção política que se abriu há cinco anos”.
Um dos argumentos da Lava Jato para manter na Justiça Federal os casos de crimes conexos aos delitos eleitorais é o de que a Justiça Eleitoral, “apesar de seus méritos, não está adequadamente estruturada para julgar casos criminais mais complexos, como de corrupção ou lavagem de dinheiro”, como explicou o ministro Sergio Moro. E é verdade.
Há uma sensação clara que a operação se tornou alvo de uma crise política e jurídica. A força-tarefa chega até aqui pedindo R$ 18,2 bilhões em indenizações.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) vai representar retrocesso. Ao longo de cinco anos, a Justiça Federal criou varas especializadas, fez contatos com autoridades internacionais e desenvolveu uma tecnologia de primeira linha no combate à corrupção. Mas, agora, os processos serão enviados para a Justiça Eleitoral, que não tem estrutura nem expertise para lidar com processos complexos. Pode até se aprimorar, mas vai levar anos.
A sociedade deve ficar vigilante.
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